O fevereiro roxo é uma campanha de conscientização sobre Doença de Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia. É apoiada pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), e visa informar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce em casos como esses. No entanto, apesar de serem distintas, as doenças têm em comum o fato de não possuir cura. Ou seja, motivo que reforça a importância de um diagnóstico correto para que o tratamento seja feito de forma eficaz e segura. Assim, proporcionando bem-estar e qualidade de vida.
A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica bastante comum, afetando hoje, 10 a 15% dos pacientes que buscam atendimento reumatológico, conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBDR). Ela afeta os músculos, tendões e ligamentos. Ela é caracterizada por dor generalizada, fadiga, distúrbios do sono, e pontos sensíveis no corpo. Os sintomas podem variar de indivíduo para indivíduo, e por vezes, uma condição desafiadora de diagnosticar, mas podemos cursá-la com sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. Uma característica da pessoa com FM é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador ou por outras pessoas.
Não existe ainda uma causa única conhecida para esta condição. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem fibromialgia. É como se o cérebro destes indivíduos estivesse com um “termostato” ou um “botão de volume” desregulado, que ativa todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula e cérebro fazem com que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.
Também não existe tratamento específico para Fibromialgia, e sim adaptações personalizadas para cada indivíduo, porém, é recomendado para todos a prática de atividade física, onde estudos já comprovam a eficácia para com a doença. Procure dar preferência para atividades aeróbicas, como caminhadas, hidroginástica, Ioga, alongamentos e fortalecimento muscular leve, sempre respeitando seus limites físicos.
Se você ou alguém próximo está em tratamento para Fibromialgia, é importante procurar um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado. Além disso, grupos de apoio e buscar recursos psicológicos e educacionais pode ser benéfico para entender melhor a condição e encontrar apoio emocional.
Dra. Jéssica Lima
Crefito 249682-F
Supervisora Operacional